Confesso que passei um tempão preparando um texto muito legal, queria que esse fosse especial, afinal de contas, não foi fácil criar coragem para expor tantos sentimentos aqui, era algo que eu sempre guardei pra mim.
Setembro sempre foi um mês ruim pra mim, eu nunca gostei do meu aniversário, e não é por idade, nunca gostei muito de comemorar essas coisas, fora que, sempre tive muitas experiências ruins nesse mês, acho que me traumatizou.
Queria de verdade fazer algo especial, não só em comemoração aos cinquenta textos publicados, mas também ao meu crescimento como pessoa, olhando meus textos antigos, percebo que tanto sentimento passou aqui dentro e que tudo foi tão real, mas que nada permanece para sempre.
Mas, achei tão falso da minha parte, algo tão preparado, então só abri o notebook e estou escrevendo tudo o que tá na minha mente, como uma conversa sincera...
Quando cheguei nos vinte e pouco aprendi a ficar mais calada, não por ter pouca coisa a dizer, mas por saber que ninguém iria escutar, todos estão preocupados e correndo demais, pra escutar suas confusões e seus questionamentos sobre o mundo.
Aos vinte e poucos percebi que as pessoas só entendem o que está no limite da sua compreensão e não importa o quanto você tente, as coisas não vão mudar. Aos vinte e poucos, aprendi que comer engorda de verdade e que viver de café te causa uma gastrite gigante. Aprendi que você deve valorizar todos os seus dentes na boca e cuidar bem deles.
Aos vinte e poucos aprendi a ser mais caseira, a estar confortável com a solitude e me sentir acolhida por mim mesma, mas mesmo longe da sociedade, aprendi a ter empatia com o próximo, algo que eu não era muito boa. Aos vinte e poucos conheci uma pessoa maravilhosa, que esteve por mim todos os dias, e eu me deparo com essa pessoa todas as vezes que acordo e olho no espelho, tenho aprendido a valoriza-lá e compreendido que tá tudo bem não estar tudo bem as vezes.