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sábado, 28 de julho de 2018

As diferentes formas de amor...



Antes eu acreditava que amor era único e sentido apenas por uma pessoa, hoje já não consigo mais ter essa mesma certeza. Percebi que o amor trabalha de diferentes maneiras, mas que não deixa e nunca vai deixar de ser amor.

Meu primeiro namoro, eu estava na fase onde todas as minhas amigas tinham namorado, eu não queria ficar de fora, éramos amigos a tanto tempo, da mesma igreja, a mãe dele me adorava, eu sempre achei ele lindo e sempre apoiávamos um ao outro. Nós saímos com os amigos, assistimos filmes, a gente comia e era feliz até doer. Ele fazia questão de ir me buscar na escola, mesmo não tendo carro (nem podendo dirigir). Era um amor de descobrimento, ambos estavam aprendendo o que era amar, mas quando descobri um outro tipo de amor, percebi que o amor de descoberta não era pra mim.

Assim como Vada e Thomas do filme meu primeiro amor, creio que o amor de descoberta, nos mostra uma parte pequena e pura do mundo que vamos encarar.

                                 


Pouco tempo depois de terminar com meu primeiro namorado, comecei a namorar o cara que foi a linha tênue para o que me tornei hoje, esse era o amor que eu tinha mais medo, o amor avassalador. Eu o amava eu um nível incompreendido, até hoje não tenho explicação do tamanho que foi esse amor. Vivemos muitas coisas, em pouco tempo planejamos o futuro e o presente, apesar dele ter sido o meu "segundo amor" sempre considerei o primeiro em tudo. Ele era um desafio constante, eu mudei minha vida pra se encaixar na dele e naquela época eu fazia por prazer e amor, mas hoje eu entendo que nada disso deveria ter acontecido, certas coisas são abusivas e deixam traumas incuráveis em uma adolescente. Eu o amei por muito tempo e sempre vou amar. Nós não somos mais um casal, não estamos mais juntos e nem temos mais contato, mas de alguma forma ele sempre vai estar conectado com minha vida.

Assim como Selena Gomez e Justin Bieber, que viveram por altos e baixos, creio que o amor avassalador é aquele que mais marca nossa vida, que sempre vai ser o nosso ponto fraco, sempre é o que a gente torce pra dá certo, mas no final, as coisas pesam demais e você tem que escolher entre amar alguém, ou amar a si mesmo. 

                                       



Em meio a tantas informações, a dor de relações acabadas, relação que eu achava que seria para sempre, eu conheci outro tipo de amor, um que eu precisa na época, um amor selvagemPassei um longo período sozinha depois de terminar e eu precisava de alguém pra me distrair, mas acabei amando o garoto de uma forma tão selvagem, nós éramos intensos, brutos, teimosos. A conversa a gente deixava pra falar por telefone, quando estávamos juntos era físico demais, era pele, suor e mesmo calados, entendiamos a dor um do outro. Ele me confortou quando ninguém mais fez, ele me amou da maneira mais pura que soube, de todo o coração, ele me ensinou tanto sobre mim, e da maneira que eu me enxergo, ele me via tão diferente, tão linda. Eu o amei intensamente. 


Chuck e Blair são o típico casal não convencional, porém totalmente clichê, e eu juro, jamais quis uma relação como a deles , nunca achei muito saudável, (mas isso é assunto para um outro texto). Blair e Chuck tem fogo, paixão, intensidade e tesão, mas além de tudo isso, eles se conhecem bem o suficiente, e se entregam por inteiro aos riscos, essa é uma das principais características do amor selvagem.

                             


Por conta do meu amor selvagem eu aprendi outro tipo de amor. O Próprio.

Passei uns anos correndo atrás do vazio que tinha em mim, tentando preencher com outras pessoas, outros amores, outros amigos. Mas nunca parei pra analisar quem eu era, quem eu pretendia ser. Se alguém sentasse na minha frente e perguntasse: "quem é você, se descreva!?" eu não saberia responder. Na época eu era uma confusão de assuntos inacabados e baixa autoestima, eu era o que todo mundo quisesse que eu fosse. Uma amiga quando precisavam, um buraco pra depositar suas frustrações. Eu nunca fui de verdade.

Demorou muito tempo pra conseguir me libertar do "sim", de fazer tudo o que as pessoas queriam, hoje sou dona de poucos amigos, mas tenho a amizade que mais me interessa. A minha. Quando entendi sobre amor próprio, passei a entender que não mereço nada menor de outra pessoa, do que sinto por mim. 

Poucas pessoas devem conhecer esse casal e essa série, Christian e Tara são o casal principal da série Dance Academy, umas das minhas séries favoritas, (indico), eu torci tanto por esse casal a série inteira, mas assim como Selena e Justin, eles viviam brigando e terminando, apesar de se amarem, ambos começaram a se machucar. Quando tudo parece estar resolvido, eles voltam a brigar, Tara então decide tomar a atitude mais madura que ela já teve, e terminar por amor a si própria. As vezes precisamos sair de relações, não porque deixamos de amar alguém, mas porque amar aquela pessoa te faz mal. Eles sempre serão o amor da vida um do outro, mas precisam resolver quem são, antes de meter alguém na confusão. Amor próprio sempre em primeiro lugar.

                           

Foi ai que eu conheci ele, sem nem procurar. Antes eu tinha um desespero gigante, achava que ficaria sozinha, mas depois aprendi a amar minha companhia, de curtir meu tempo só. 

Ele não apareceu do nada, ele foi um amigo, que me ensinou tanto sobre a vida e como tudo é passageiro, ele sempre deixou claro que estava pronto pra mim quando eu estivesse pra ele e eu não estava no clima de amor, porque acreditava que amor tinha que ser avassalador como o outro. Nessas idas e vindas, eu o enrolei tanto, ele sempre foi paciente. Ele estava no dia em que desisti de viver, ele estava na correria da faculdade, ele estava no tédio do domingo, ele sempre esteve comigo, mesmo não podendo estar todos os dias. Viver uma relação em que a pessoa mora longe sempre pareceu absurdo pra mim, mas ele sempre se mostrou presente. Foi ai que eu entendi outro tipo de amor. O meu tipo ideal. O amor que trás paz.

Eu me sinto aliviada, nós compartilhamos tudo da vida um do outro, sem medo, sem ciúmes, ele sabe de todas as minhas relações e me apoia pra escrever cada uma delas, nos fluímos em um ritmo só nosso e eu não espero nada além disso.

Leon e Nilce, são dois Youtubers brasileiros, são uma amostra viva de um relacionamento que trás paz, nunca fui de admirar casais ou cobiçar ter um relacionamento parecido com o de alguma série, sempre soube separar o real do imaginário, meu maior exemplo de relação sempre foram os meus pais que são casados a 33 anos, mas Nilce e Leon conquistaram meu afeto assim como mostraram ser exemplo de uma relação feliz e saudável. Sempre vou torcer pelos dois. O amor que trás paz talvez não seja o mais excitante, talvez não seja o mais puro ou talvez não faça o seu coração acelerar como o avassalador, mas ele é o mais seguro e o que todos nós deveríamos procurar.

                            

Amor é algo construído lentamente, com confiança, carinho e lealdade. Talvez a vida te mostre outros tipos de amor, talvez eu ainda não tenha conhecido todos os tipos de amor, mas de todos o que conheci, o amor que trás paz é o meu favorito e espero que um dia, ele se transforme no amor pra vida toda.


*Para fins de direitos autorais, declaro que todas as imagens utilizadas nesse post, não pertencem ao blog. Qualquer problema ou reclamação, entrar em contato.

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