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terça-feira, 22 de setembro de 2015

No dia em que o amor falou mais alto.

Depois de mais uma daquelas brigas feias,  Manoela bateu a porta com tanta força, que cuspiu a chave fechadura fora. Com todas as suas coisas, e até umas que não eram dela, colocou a mochila nas costas e saiu, gritou aos quatro ventos que dessa vez, ah, dessa vez ela não voltava mesmo. 

Chamou o elevador nas pressas, porque tinha medo de voltar atrás na sua decisão recentemente pensada, Manoela olhou pra trás três vezes, na esperança de que na aresta da porta, ele estaria olhando com aquela cara de cão arrependido, mas ele não estava,  ele não foi atrás, ele a deixou partir, cheia de raiva, cheia de esperança, mas principalmente cheia de amor. Ela desceu os 5 andares que pareciam infinitos no elevador, deu boa noite ao porteiro e sorriu com o resto de forças que tinha, pra disfarçar a vermelhidão nos olhos e a falta de coragem de encarar alguém. 


Foi em direção ao carro e ficou lá por um bom tempo chorando, esperando a calma chegar, pra ao menos conseguir dirigir até em casa. Deitada com a cabeça no volante, lá aparece ele, tão suado e desesperado em frente ao carro, mal sabia que enquanto ela batia a porta com força, ele correu desesperado para o quarto, procurar o que ela tinha esquecido de levar, mas ele como sempre tão desorganizado, não sabia onde tinha colocado, enquanto ela descia os 5 infinitos andares, ele revirou os bolsos e achou, desceu a escada na velocidade da luz e graças a Deus ela ainda estava lá, sem demora, ele abriu a porta do carro e Manoela, brava como sempre, disse que não queria conversa,  mas não dava pra negar o seu coração calmo e satisfeito por ele estar ali.. Ele não falou muita coisa,  disse apenas que ela esqueceu de levar algo e só veio entregar, ele ajoelhou - se e tirou uma caixinha do bolso,  olhou pra ela e falou: já pensou se você esquece aqui sua aliança de casamento?  



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